Sou quase cinquentona, gostosa e cheirosa, diz Xuxa

A apresentadora Xuxa Meneghel chega pouco depois de 9h da manhã do domingo (29) ao shopping SP Market, na zona sul de São Paulo. Está no parque que leva seu nome para lançar o DVD Xuxa Só para Baixinhos 10.

Mas o que ela menos faz é promoção do produto – durante cerca de 30 minutos ela fala sobre maternidade, (a própria) solteirice, tatuagens e o assunto que defende com maior ardor: as três campanhas que abraça atualmente, em defesa das crianças e dos animais.

Cercada por cinco jornalistas, a apresentadora de 47 anos dá a impressão de que desconhece o alcance de sua popularidade, que atravessa a quarta década – começou lá atrás nos anos 1980, atravessou os 1990 e 2000 e inicia os 2010.

– Eu sei que vou falar aqui sobre as campanhas, sobre o DVD, sobre projetos, mas o que irão publicar é sobre o fato de eu continuar solteira, tatuagem, essas coisas.

Verdade.

Ainda mais quando ela solta aspas tão saborosas como a que dá título a este texto, ao ser questionada como se definiria em uma frase.

– Sou quase cinquentona, macia, gostosa e cheirosa.

Pouco antes, declarou encerrado seu papel como mãe com Sasha, de 12 anos.

– Ela está batendo aqui, ó [apontando a ponta do próprio nariz].

Nada mau se considerar que Xuxa tem generosos 1m78 de altura. E explica a letra S que tatuou na nuca há cerca de dois anos.

– Fiz o S não só pelo nome Sasha, mas porque também a chamo de Sol. E tenho um golfinho aqui atrás [aponta as costas], que é por causa da minha paixão por bichos.

Outro papel que demonstra não ter esperança mais de cumprir é o de esposa.

– Às vezes passo de carro e vejo duas pessoas no ponto de ônibus se abraçando, beijando. Aí fico olhando, olhando…e penso: ‘Em uma outra vida’.

E ri.

Nada parece derrubar o bom humor de Xuxa. Atende cada uma das crianças e (principalmente) os ansiosos pais como se fosse o primeiro dia que faz isso na carreira.

– Para qualquer tipo de coisa fico de mau humor, como acordar cedo. Mas não para isso [enquanto atende 120 crianças especiais de diferentes instituições].

Se ela planeja ter outro filho?

– Estou com quase 50 anos. Acho loucura ter um filho por inseminação artificial.

E dramatiza.

– Não tenho ninguém [pensativa]. Mas só de falar em casamento me dá coceira.

Do R7

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