¨Não tenho anticorpos. Sou igual a um bebê¨, diz Giancchini em entrevista
Ator deu declaração ao Programa do Jô, e exibiu novo visual com cabelos cacheados.
Reynaldo Gianecchini continua a mesma pessoa, mas os cabelos… quanta diferença! O ator, depois de se curar de um câncer no sistema linfático, viu seus fios lisos encresparem. Ele já está gravando suas cenas na próxima novela das sete da Globo, "Guerra dos Sexos" com o novo visual, com os cabelos cacheados.
Nesta terça-feira, Giane mostrou seus cachos durante gravação de entrevista para o "Programa do Jô", acompanhada pelo EGO em São Paulo. Na trama, de Silvio de Abreu, o ator será o motorista Nando, papel que foi de Mário Gomes na trama original, em 1983. "Você sabe que eu estou gravando agora e chamaram alguns dublês para as cena de ação, e eu estou achando meus dublês mais parecidos comigo agora na minha versão cacheado. Quando eu não estou trabalhando, eu gosto muito de deixar os cabelos bem à vontade, bem natural, mas meu personagem é mais molecão", explicou o galã, que volta às novelas um ano depois de descobrir a doença.
Ao EGO, o ator contou ainda que não sabe o porquê dos seus cabelos terem nascido assim, mas que está curtindo muito o novo visual. "Meu cabelo nascebu totalmente enrolado depois do tratamento, mas não sei o motivo. Já me disseram que depois ele volta o normal. Mas as pessoas agora brincam comigo dizendo que agora sei o que é ter cabelo crespo. Mas estou curtindo muito e acho que combina com meu personagem, que é um bonitão mais desleixado", contou.
Segundo ele, o tratamento acabou, mas ainda faz acompanhamento médico. "Tem um acompanhamento necessário, mas as taxas oscilam, né? Eu já tenho imunidade, mas não tenho os anticorpos ainda. É igual a um bebê, mas é normal. Estou na loucura de gravação e meu médico falou pra ir com calma, porque as taxas caíram", comentou Gianecchini.
Por conta das sessões de quimioterapia no ano passado, o ator teve de raspar os cabelos e lembra que não teve dificuldades para isso: "Não foi nem um pouco difícil. Foi tão engraçado, porque fui raspar o cabelo, me senti lá atrás, na época da minha primeira novela, na qual a Carolina Dieckmann raspou a cabeça. Foi emocionante, ela chorou na cena. Então, me lembrei dela. Estava fazendo aquela mesma cena, e escrevi para a Carol dizendo que, ao contrário dela, eu estava amarradão, com cara de guerreiro mesmo".
Proximidade com a morte
Ele também relembrou que se sentiu próximo da morte quando descobriu o câncer. "Quando você se depara com a morte, é muito maluco. Em algum momento da vida você tem que lidar com isso. É muito interessante você saber que a morte está ali, rondando, mas quando você tem a consciência da morte, muda muita coisa. O presente muda porque se ligar que você pode morrer amanhã, faz você viver diferente, buscar um sentido para tudo. Fico pensando se foi só nessa época e depois volta a correria, mas acho que não. Foi tão profundo que eu acho que é uma coisa para vida mesmo!", desabafou o ator, que fez um autotransplante no ano passado. "O transplante dura em média de três semanas. É uma quimioterapia que mata sua medula e nasce uma medula nova, das células-tronco. Tiram as células-tronco, tratam ela. O mais difícil foi o transplante: foram cinco dias em que você fica mexido, muito debilitado, já que não tem imunidade nenhuma. Fiquei isolado, mas minha mãe ficava comigo. É uma transfusão de sangue mesmo. Hoje está muito modernizado, fico pensando que antigamente tinham que usar morfina, eu aguentei. O lance é aguentar o dia dia. Eu fui levando muito sem expectativa. Então, tem que viver. Quando vi, passou e eu estava lá fortão", comentou.
A garganta inchada, em julho do ano passado, o levou a fazer os exames que descobriram o câncer: "Não tinha dor nem febre, mas a garganta ficou inchada e achei que era faringite. Fui fazendo todos os exames mais cabeludos e não dava nada, até chegar em um exame que registra o corpo inteiro, que detectou que meu corpo todo tinha glândulas".
Durante o tratamento, o ator buscou uma alimentação mais saudável. "Eu fui buscar uma alimentação muito saudável, com bases em coisas da Índia, temperos, como o curry. Mas a quimioterapia alterava bastante. Tinha dia que tinha vontade de comer pão de queijo e chocolate às duas da manhã, mas não era bom. Queria tomar água com gosto de água, fruta não podia, porque poderia ter algum bichinho, alguma bactéria, que poderia fazer mal para quem estava sem imunidade", lembrou Gianecchini.
Ego
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