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Profissionais de Cajazeiras discutem violência contra a mulher no Interview Debate. Veja!

Dados indicam que 70% das mulheres sofrem algum tempo de violência no decorrer de suas vidas

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05/09/2013 às 19h06

Nesta quinta-feira (05), o Interview em forma de debate reuniu vários profissionais para discutirem a violência doméstica e familiar contra a mulher. Na ocasião foram discutidas as agressões sexuais, físicas, financeiras e psicológicas contra mulheres. Dados indicam que 70% das mulheres sofrem algum tempo de violência no decorrer de suas vidas e que o risco de uma mulher sofrer agressões é maior do que de ser acometida por um câncer ou sofrer um acidente de carro.

Entre os profissionais presentes no debate estiveram, a secretária de Políticas Públicas para Mulheres de Cajazeiras Andréa Coutinho, a assistente social Mayara Oliveira, a escrivã da Delegacia da Mulher Elisângela Dantas e os bacharéis em Direito Judah Ben-hur e Francismeire Lacerda.

A escrivã Elisângela disse que, as mulheres ainda têm receios em fazer denúncias e seguir com o inquérito policial. Segundo ela, no ano de 2012 em Cajazeiras, apenas 12 mulheres tiveram coragem para prosseguir com o inquérito policial. No ano de 2013, já existem 33 inquéritos por essa razão.

A bacharel em Direito, Francismeire Lacerda ressaltou que a Lei Maria da Penha se restringe a casos de família, pois tem o intuito de proteger o ambiente familiar.  

Já o bacharel em Direito Judah Ben-hur disse que, não concorda que a mulher é um sexo frágil, pelo fato de vim dominando tantas áreas nas últimas décadas. Entretanto, o jovem concorda que as mulheres devem ser protegidas de muitos homens machistas que ainda circulam na sociedade.

A delegada especial da Mulher, Amin de Oliveira também se pronunciou durante o programa e falou sobre os casos de meninas menores de idade que são agredidas em Cajazeiras. “Tem que haver a denúncia. Quando a gente cala, corre mais risco”, disse.

A assistente social Mayara Oliveira disse que muitas mulheres confidenciam que, desistem do inquérito policial devido à questão de dependência financeira e ao sentimento pelo companheiro. “O CRAS e o CREAS tentam fazer esse acompanhamento, mas não podemos forçar nada”, disse.

Já a secretária de Políticas Públicas para as Mulheres de Cajazeiras, Andréa Coutinho falou do trabalho realizado em sua pasta e disse que as mulheres recebem apoio psicológico e jurídico no local. A Secretaria trabalha também em parceria com a Secretaria de Cidadania e Promoção Social de Cajazeiras, conforme Andréa.

Andréa Coutinho disse também que, os homens agressores deviam passar por um atendimento psicológico, além da punição.    

DIÁRIO DO SERTÃO

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