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Você sabia? Estresse é influenciado por sexo e celular; Veja

Pequenos hábitos, como respiração e mudanças no dia-a-dia ajudam a controlar e evitar o problema

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09/09/2014 às 07h55

Estresse é influenciado por sexo e celular (Foto: Internet)

Todo estresse só é negativo quando se torna excessivo. O problema é que na maior parte das situações do dia-a-dia as pessoas são tomadas por tantas preocupações que o estresse em excesso tem se tornado um problema comum dos tempos de hoje. Mas sabia que esse tipo de nervosismo pode ser prevenido com algumas mudanças simples no seu cotidiano? "Pequenos hábitos, como respiração e mudanças no dia-a-dia ajudam a controlar e evitar o problema", conta o psiquiatra Leonard Verea, especialista em Medicina Psicossomática e em Medicina do Trabalho. Confira alguns desses hábitos a seguir:

Alimentar-se de forma balanceada

Alimentação muitas vezes parece ser remédio para todos os problemas, e talvez seja mesmo. No caso do estresse, ter pratos equilibrados ajuda o organismo de muitas formas. Ter um consumo adequado de gorduras, carboidratos, proteínas, vitaminas e minerais é essencial para o bem-estar do organismo. "Se o nosso organismo recebe diariamente esses nutrientes, por meio da alimentação, naturalmente ele irá funcionar melhor, aumentando a energia e vitalidade que precisamos para enfrentar os problemas do cotidiano. No entanto, se existe carência ou excesso de algum elemento, o nosso corpo precisa fazer um esforço para compensar isso, o que gera mais desgaste", descreve o cirurgião geral Marcelo Katayama, instrutor de treinamento com foco em desenvolvimento pessoal e diretor no Núcleo Ser. Por outro lado, também há a perda de nutriente durante o quadro de estresse crônico, que é agravado pelo consumo de itens como cafeína, açúcar e sal, como explica o psiquiatra Leonard Verea, especialista em Medicina Psicossomática e em Medicina do Trabalho. 

Praticar atividades físicas

Exercícios têm diversas características que se relacionam com o relaxamento de quem os pratica. Em primeiro lugar há a liberação de hormônios que otimizam o funcionamento do corpo. "A adrenalina age na redução do estresse, o cortisol atua como anti-inflamatório, o glucagon aumenta a quantidade de glicose no fígado, o GH (hormônio do crescimento) transmite bem-estar e a endorfina produz a sensação de prazer e melhora a qualidade do sono", considera Leonard.

Além disso, existe um mecanismo que os especialistas chamam de senso de propósito. "Quando fazemos algo com a convicção de que isso está contribuindo para a nossa saúde, damos para a nossa mente comandos do tipo 'isso é bom para mim', 'estou seguindo na direção certa? e ?estou cumprindo um propósito?, que vai alimentando a nossa sensação interna de que merecemos algo bom, somos boas pessoas", ensina Katayama. Por fim, o especialista aponta como a prática de uma atividade física ajuda a mudar um pouco o foco, saindo daquele problema que ficou incomodando o dia todo e estava causando estresse. 

Mudar a postura

Ter uma postura melhor é benéfico também para a mente. E a palavra "postura" aqui não significa apenas a forma como recebemos as informações, e sim com a maneira que posicionamos nosso corpo no dia a dia. Para provar esse ponto, o cirurgião Katayama sugere um exercício: primeiro posicione a cabeça para frente e encolha os ombros, curve as costas para frente, como se estivesse deprimido, e tente pensar em algo alegre. Difícil, não é mesmo? Em seguida, espalhe-se na cadeira como em um dia de verão na praia, e depois tente pensar em uma conta para pagar. Igualmente complicado! "A forma com que usamos o nosso corpo tem um reflexo direto no nosso estado interno e na nossa capacidade de lidar com os problemas", considera o especialista. 

Procure rir mais

Estudos de 1989 foram os primeiros a demonstrar alguma relação entre o riso e a redução do estresse, ao perceber que voluntários que assistiam vídeos humorísticos tinham uma queda maior nos hormônios cortisol e adrenalina, do que os que assistiam a qualquer vídeo. "Depois disso, vários outros estudos confirmaram esse achado, que o riso reduz os níveis de hormônios e substâncias ligados ao estresse", considera Katayama.

O psiquiatra Verea resume os benefícios da risada: "rir libera endorfinas, que são hormônios que promovem a sensação de bem-estar; também ativa a sua resposta ao estresse, aumentando a sua frequência cardíaca e pressão arterial e criando uma sensação de relaxamento. Por fim, ele também estimula a circulação e ajuda a relaxar os músculos, o que reduz os sintomas físicos do estresse".

Além do mais, a risada tem o dom de mudar a perspectiva de quem está rindo sobre as situações. "Como grande parte do estresse é devido a pensamentos, julgamentos e pressões internas por resultados que vamos criando no decorrer do dia, rir pode ser uma boa alternativa para conseguir ver a situação sobre um ponto de vista diferente", finaliza Katayama. 

Fazer sexo

Sexo vai além do prazer: os mecanismos hormonais da prática sexual beneficiam o corpo a lidar com estresse. "O contato íntimo produz alterações químicas cerebrais, melhorando o humor devido à liberação de testosterona, estrogênio, prolactina, hormônio luteinizante e prostaglandina na corrente sanguínea", lista o psiquiatra Verea. 

Dormir melhor

O estresse prolongado, antes de tudo, funciona como uma agressão ao nosso organismo. E dormir bem é uma das melhores formas do corpo se recuperar desse tipo de ataque. "Quando você está descansado, tem uma maior clareza de pensamento e uma habilidade maior para reagir aos estímulos agressores. Pessoas que ficam longos períodos com privação de sono tendem estar mais desatentas e com os reflexos lentos", ensina Katayama. Tanto que pessoas que dormem pouco tendem a ser mais irritadas e diversos estudos relacionam transtorno de humor com pessoas que trabalham com turnos trocados, como relata o cirurgião. 

Respirar direito

A respiração está diretamente relacionada com nossas emoções e tem a capacidade de regulá-las de duas formas: primeiro por um mecanismo fisiológico, já que o estado de ansiedade nos faz inalar o ar com mais rapidez e de forma mais rasa, e mudar isso conscientemente ajuda a acalmar, pois o corpo volta ao equilíbrio. "Outro ponto está no fato do indivíduo, ao tornar sua respiração consciente, traz sua atenção ao momento presente. Com isso o estado de ansiedade tende a ser minimizado", acredita a fisioterapeuta Camila Montandon, especialista em Terapias Integrativas. Confira alguns exercícios de respiração que aliviam a ansiedade. 

Autoincentivar-se

Dentro da psicologia existe um termo chamado "Positive talk" (em livre tradução, algo como fala positiva). O conceito vem do fato de que todas as pessoas conversam consigo mesmas, mas enquanto algumas sabem fazer isso como uma forma de alento e carinho, outras não sabem se autoincentivar: "a maior parte das pessoas cultiva pensamentos de injustiça, sofrimento e pesar, além de faze julgamentos sobre si mesmo que certamente não faria para os outros", relata o cirurgião Katayama. O problema, é que ter esse tipo de pensamento gera um círculo vicioso, que faz com que a pessoa se vitimize mais e, com isso, fiquem mais propensas a situações de estresse prolongado. 

Deixar o celular de lado

Hoje em dia o celular parece parte de nós, mas saiba que ele ajuda (e muito!) a aumentar o estresse das pessoas. Um estudo publicado no BMC Public Health em 2011 acompanhou 4156 jovens de 20 a 24 anos de idade por um ano, relacionando seu uso de celular com problemas de saúde mental, como depressão, estresse e falta de sono. Foi percebido que aqueles que usam muito seus telefones tinham incidências mais altas de estresse, principalmente naqueles que percebiam esse uso como algo estressante. Diversos fatores podem ajudar nisso. Muitas pessoas acabam continuando conectadas ao trabalho, por exemplo, por meio de seus celulares, não permitindo que elas tenham tempo de descanso. Outra questão é o imediatismo desses aparelhos: "o uso excessivo do celular, das redes sociais e aplicativos pode colaborar com o estresse, na medida em que se torna mais uma obrigação, porque aparece para a outra pessoa a que horas que você abriu o aplicativo ou conversou pela última vez", pondera Katayama. Claro que não há problemas em se usar o celular, desde que seu uso seja equilibrado. 

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