“O orgasmo é uma reza” afirma Carol Teixeira na estreia de sua nova coluna
Carol Teixeira quebra tabus e fala de como a relação com o próprio corpo a fez alcançar o sagrado e transcender através do Tantra
A relação do homem com o sagrado já passou por diversos caminhos na sociedade ocidental. Em meio a tantas correntes de pensamento e culturas, desde a Roma antiga, Grécia e atualmente através religiões como o cristianismo e toda a sua filosofia e cultura, o Homem tem procurado se relacionar e conectar com o Sagrado de diversas formas, através de rezas, rituais, tradição e até mesmo na repressão dos desejos ditos carnais.
A terapeuta tântrica e filósofa Carol Teixeira, que fala sobre o tema há quase 10 anos em suas colunas em diversos jornais e revistas, ressaltou em sua nova coluna como conheceu o Tantra e de que modo isto mudou sua percepção e conexão com o sagrado: “Quando eu conheci o Tantra, essa filosofia comportamental, matriarcal e sensorial que hoje ensino, tudo mudou. O Tantra considera o corpo um instrumento para a transcendência – logo o corpo, tão desconsiderado pela moral socrático-platônico-cristã. Um caminho para entrar em contato com o uno. Nossa energia sexual/vital/criativa tem papel essencial nesse processo de conexão. Logo, o orgasmo sentido nesse estado de presença total seria o ápice dessa ativação. É autorizando essa energia que nos percebemos como canal”.
Carol Teixeira conta que o prazer e o orgasmo são manifestações do sagrado em toda sua plenitude: “Por isso que sempre digo que o orgasmo é uma reza. Quando você entende isso, toda sua relação com seu corpo muda, sua relação com seu prazer muda, sua relação com a natureza é potencializada. O Tantra foi o que faltava para eu entender que é tudo feito do mesmo material”.
Para além dos tabus do pudor e da repressão imposta por parcelas da sociedade, Carol acredita na reverência ao próprio corpo como canal para a libertação e alcance do sagrado: “Temos que rezar para alguém. E que a primeira reza seja sempre para nós mesmas, honrando esse corpo que temos, reverenciando o canal de amor que somos, interrompendo o processo de toda uma história que nos alienou do corpo. Esse corpo é lindo, esse corpo é sagrado, esse corpo é seu”, conclui.
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