Alzheimer e demência: a causa pode ser o tempo que você fica sentado trabalhando
Como esperado, o fluxo sanguíneo cerebral diminuía quando as pessoas ficavam sentadas por quatro horas seguidas.
É comum as pessoas ficarem muitas horas seguidas sentadas, não é?
Seja em frente ao computador, trabalhando, ou no sofá, assistindo televisão. Pois esse hábito, apesar de rotineiro, pode faz muito mal à saúde.
De acordo com pesquisa publicada no Journal of Applied Physiology, o período sentado, sem movimento, retarda o fluxo sanguíneo vital para o cérebro –criando consequências muito negativas em longo prazo.
Cientistas da Universidade John Moores, em Liverpool (Inglaterra) analisaram os hábitos de 15 trabalhadores adultos saudáveis de escritório – homens e mulheres – que habitualmente passavam a maior parte do tempo sentados.
Eles foram avaliados em três sessões diferentes e em todas elas usaram sondas de ultrassom que rastrearam o fluxo sanguíneo através de artérias cerebrais médias, que vão diretamente para o cérebro.
Eles também respiraram brevemente em máscaras que mediam seus níveis de dióxido de carbono no início da sessão, para que os cientistas pudessem ver se os níveis desse gás poderiam estar causando mudanças no fluxo sanguíneo cerebral.
Vale dizer que os níveis de dióxido de carbono no sangue podem ser alterados por muitos fatores, incluindo mudanças na respiração.
Os participantes do estudo passaram quatro horas simulando o horário do escritório, sentados em uma mesa lendo ou trabalhando em um computador.
Durante uma dessas sessões, eles nunca se levantaram, a menos que tivessem que ir ao banheiro, que ficava perto.
Durante outra visita, eles foram orientados a levantar-se a cada 30 minutos e passar para uma esteira ao lado de suas mesas.
Eles então andaram por dois minutos em qualquer ritmo (confortável).
Em uma sessão final, eles deixaram suas cadeiras apenas depois de duas horas e caminharam nas esteiras durante oito minutos, no mesmo ritmo suave.
Os cientistas acompanharam o fluxo sanguíneo até o cérebro deles imediatamente antes e durante cada intervalo de caminhada, e imediatamente após o término das quatro horas.
Eles também reavaliaram os níveis de dióxido de carbono das pessoas durante esses períodos.
Como esperado, o fluxo sanguíneo cerebral diminuía quando as pessoas ficavam sentadas por quatro horas seguidas.
O declínio foi pequeno, mas perceptível até o final da sessão.
Era igualmente aparente quando as pessoas terminavam de se sentar depois de duas horas, embora o fluxo de sangue subisse durante o intervalo de caminhada.
Houve aumento do fluxo sanguíneo cerebral apenas quando as quatro horas incluíram intervalos frequentes de dois minutos para a caminhada.
Já os níveis de dióxido de carbono mantiveram-se estáveis antes e depois de cada sessão.
Os resultados apontam que os intervalos para caminhadas, para quem trabalha sentado, devem ser frequentes, mesmo que o tempo seja curto.
“Apenas os frequentes intervalos de dois minutos para andar tiveram um efeito geral de evitar um declínio no fluxo sanguíneo cerebral”, diz Sophie Carter, aluna de doutorado que liderou o estudo.
Então, anote aí uma dica: programe seu computador ou telefone para emitir um bip a cada meia hora e levante-se.
Passeie pelo corredor ou suba as escadas, no tempo mínimo de dois minutos.
Seu cérebro agradecerá daqui a alguns anos, quando você não estiver mais preso a essa cadeira de escritório.
Fonte: Cura pela Natureza - https://www.curapelanatureza.com.br/post/08/2018/alzheimer-e-demencia-causa-pode-ser-o-tempo-que-voce-fica-sentado
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