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Em entrevista exclusiva, Marcélia Cartaxo fala sobre Cajazeiras, carreira na TV e no cinema e política

A atriz cajazeirense recebeu a maior honraria do campus local da UFCG, que pela primeira vez foi entregue a uma personalidade que não faz parte da universidade

Por Jocivan Pinheiro

15/12/2017 às 16h34 • atualizado em 15/12/2017 às 16h35

Durante visita a Cajazeiras, onde recebeu nesta semana a maior honraria do campus local da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), a comenda Monsenhor Luís Gualberto (pela primeira vez entregue a uma personalidade que não faz parte da universidade), a atriz cajazeirense Marcélia Cartaxo prestou entrevista exclusiva à TV Diário do Sertão, onde bateu um papo com o repórter José Dias Neto sobre sua vida pessoal, sua carreira e a relação com sua terra-natal.

Na quarta e quinta-feira, o GAEL (Grupo Avançado de Estudos Literários) do curso de Letras da UFCG realizou vários eventos em alusão aos 40 anos de lançamento do romance “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector, e Marcélia não poderia ficar de fora das homenagens, já que ela interpretou no cinema a protagonista da história, Macabea, papel que lhe rendeu o Urso de Prata, prêmio de melhor atriz no Festival de Cinema de Berlim. A cajazeirense foi a primeira atriz brasileira a ganhar um prêmio internacional de cinema.

VEJA TAMBÉM: Cajazeirense é indicada como melhor atriz no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro

Marcélia Cartaxo em cena do filme ‘A Hora da Estrela’

Nessa entrevista descontraída na casa de familiares, Marcélia reconta a sua trajetória desde os primeiros grupos de teatro amador dos quais fez parte em Cajazeiras até o desafio de partir para o Sudeste – enfrentando preconceitos por ser nordestina – onde foi observada no teatro pela diretora de cinema Suzana Amaral e escolhida para interpretar a icônica personagem Macabea no filme “A Hora da Estrela”, que foi lançado em 1985. Na época, a atriz tinha apenas 19 anos.

“Eu me percebi uma pessoa extremamente corajosa por enfrentar coisas que a minha família não enxergava. Eu sou uma representação muito forte do Nordeste”, diz Marcélia ao ressaltar os desafios que teve que enfrentar.

Apesar de residir em João Pessoa há muitos anos, a atriz tem visitado Cajazeiras com mais frequência e percebido o crescimento da cidade. Quando está longe, leva consigo lembranças de cenários que marcaram sua infância, como o céu azul do Sertão ensolarado, o pôr do sol do Açude Grande, o morro e a estátua do Cristo Rei, a Catedral Nossa Senhora da Piedade e a Rua Higino Rolim, onde nasceu e cresceu.

Marcélia ganhando mais um prêmio de melhor atriz no Festival de Cinema de Brasilia

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