VÍDEO: Morre aos 66 anos no Rio de Janeiro cantor e compositor da cidade de Sousa, Sertão da Paraíba
Violeiro e cordelista paraibano foi vítima de insuficiência respiratória.
O cantor e compositor paraibano Chico Salles morreu na madrugada deste sábado, no Rio, vítima de insuficiência respiratória, aos 66 anos. O anúncio foi feito no site oficial do músico e por sua família, nas redes sociais.
Francisco de Salles Araújo nasceu em Sousa, na Paraíba, em 1951. Admirador e conhecedor de gêneros como xote, xaxado, baião e coco, Salles se mudou para o Rio em 1970 — depois de passar dois anos em Fortaleza —, onde se formaria em engenharia e faria toda a sua carreira artística.
Na Cidade Maravilhosa, Salles também se apaixonou pelo samba, universo onde fez amigos e parceiros como Noca da Portela, Roberto Serrão e o comediante e músico Mussum, que o levou para redutos como o “Buraco quente” da Mangueira e o Cacique de Ramos. Juntos, os dois fundaram o bloco “Elas e elas”, em 1985, em Jacarepaguá.
Depois de quase três décadas atuando apenas como compositor, Salles — que se intitulava “cantador, violeiro, forrozeiro e cordelista” — estreou em disco como cantor em 1997, com “Confissões”. Cinco anos mais tarde viria “Nordestino carioca”, álbum onde retomava suas raízes nordestinas. O músico ainda lançaria o pé-de-serra “Forrozando” (2005), “Tá no sangue e no suor” (2007), “O bicho pega” (2009) — os três produzidos por José Milton — e “Sergio samba Sampaio” (2013), com produção de Henrique Cazes e participação de Zeca Baleiro, Fagner e Zeca Pagodinho. Seu trabalho mais recente foi “Rosil do Brasil”, em homenagem ao compositor pernambucano Rosil Cavalcanti.
Salles, que preparava seu oitavo disco, “Samba nordestino”, recebeu em 2008 o título de cidadão honorário do Rio. Ele deixa mulher, três filhos e netos. O velório está marcado para as 15h deste sábado, no Cemitério do Catumbi.
DIÁRIO DO SERTÃO com O Globo
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