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Morre o cantor Jerry Adriani, ídolo da Jovem Guarda, aos 70 anos

Músico será velado no Cemitério do Caju, no Rio, nesta segunda-feira

Por Diário do Sertão

24/04/2017 às 07h14 • atualizado em 24/04/2017 às 10h31

Jerry Adriani (Foto: Divulgação)

Morreu neste domingo o cantor Jerry Adriani, um dos grandes ídolos da Jovem Guarda, aos 70 anos, segundo informou o colunista Ancelmo Gois, do GLOBO. Ele estava internado no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, onde foi diagnosticado com câncer. O músico será velado e enterrado no Cemitério do Caju, na Zona Norte, nesta segunda-feira, mas ainda não há um horário definido.

Pouco depois do falecimento, a família do cantor publicou uma mensagem na página oficial de Jerry numa rede social: “A família de Jerry Adriani tem o doloroso dever de comunicar aos seus amigos o seu falecimento. Agradecemos a todos pelo enorme carinho”.

O cantor descobriu que estava com câncer depois de ser internado, em março, devido a uma trombose venosa profunda na perna. No hospital, Jerry foi submetido a uma série de exames que revelaram a doença.

Nascido em 29 do janeiro de 1947, em São Paulo, Jair Alves de Souza tornou-se conhecido pelo nome de Jerry Adriani em 1964, quando lançou o LP “Italianíssimo” — descendente de italianos, ele aprendeu a cantar em italiano com a avó. No mesmo ano, lançou o álbum “Credi a me”. Mas foi em 1965 que o músico fez sucesso com “Um grande amor”, seu primeiro disco gravado em português.

Na mesma época, Adriani apresentou o programa “Excelsior a go go” pela TV Excelsior de São Paulo em parceria com o comunicador Luiz Aguiar.

Entre 1967 e 68, o músico apresentou “A grande parada”, na TV Tupi, ao lado de Neyde Aparecida, Zélia Hoffmann, Betty Faria e Marilia Pera. O programa musical era exibido ao vivo e trazia grandes nomes da MPB. No cinema, o músico fez três filmes como ator/cantor: “Essa gatinha a minha”, “Jerry, a grande parada”, e “Jerry em busca do tesouro”.

Adriani foi o responsável pela vinda de Raul Seixas para o Rio – eles haviam se tornado amigos em Salvador. “Raulzito e os Panteras”, como eram conhecidos, formavam a banda de apoio que tocou com Adriani durante 3 anos.

Na primeira metade da década de 1970, Adriani gravou discos e fez shows em países como Venezuela, Peru, Estados Unidos, México, e Canadá. Em 1985, lançou o álbum “Tempos felizes”, no qual registrou antigos sucessos da Jovem Guarda, entre as quais “Festa de arromba”, “O bom rapaz” e “Quero que vá tudo pro inferno”.

No inicio da década de 1990, o músico gravou um álbum em homenagem a Elvis Presley, “Elvis vive”, o 24° disco de sua carreira. Em 1994, ele participou da novela “74.5 — Uma onda no ar”, exibida pela extinta Manchete. Um ano depois, participou da coleção “Os maiores sucessos dos 30 anos da Jovem Guarda” como convidado especial, pela qual foram lançados 5 discos comemorativos. Em 1996, gravou o CD “Io”, com clássicos da música italiana. O artista lançou o disco “Forza sempre” em 1999, com músicas da Legião Urbana gravadas em italiano. Ele considerava o trabalho, que vendeu 200 mil cópias, um marco em sua carreira.

Em outubro de 2007, gravou seu primeiro DVD, “Jerry Adriani Acústico ao vivo”, também lançado em CD, no Canecão. O trabalho trazia releituras de sucessos da carreira do artista aolado de canções inéditas. Em 2011, lançou o CD “Pop, Jerry & rock”, que homenageava Raul Seixas e Tim Maia na faixa “2012”.

Em 2012, apresentou o show “Jerry toca Raul & Elvis”, no Rio. Em 2014 completou 50 anos de carreira com um show com seus maiores sucessos.

Na página do cantor no Facebook, fãs e amigos lamentam o ocorrido. “Senhor, dai-nos força e alento. Dai a todos que o amamos, conforto neste momento. Paz para sua alma Luz para a sua passagem . Nosso amor segue com ele. Deus esteja ao teu lado, Jerry Adriani. Descanse em paz, na Sua Glória”, escreveu uma.

“Que tristeza! Que ele descanse em paz”, escreveu uma outra fã.

Globo

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