header top bar

section content

Ex-humorista da globo, perde a mulher vítima de um infarto e agora vive recluso em sítio

“Acho que superar a perda de alguém que se torna um só, contigo, é impossível. Você nunca mais se torna o mesmo", diz o humorista

Por Campelo Sousa

11/07/2016 às 10h34

Pedro no palco em “Nerso em 3D, 30 anos de riso” (Foto: Divulgação)

Por vinte e seis anos, ele divertiu o público como Nerso da Capitinga nos humorísticos “Zorra total” e “Escolinha do Professor Raimundo” (de volta, na reprise do Canal Viva). O quadro de sucesso da Globo chegou ao fim em 2012, e Pedro Bismarck voltou de vez para sua terra natal, onde vive num sítio em Piau, cidade de três mil habitantes no interior de Minas Gerais, a cerca de 30 quilômetros de Juiz de Fora.

No refúgio do artista de 54 anos a tecnologia ainda é precária, a internet limitada e telefone não pega. Uma vida de paz e sossego para um viúvo que perdeu recentemente a mulher, Maria José, falecida no última dia 18 de maio em decorrência de um infarto.

“Acho que superar a perda de alguém que se torna um só, contigo, é impossível. Você nunca mais se torna o mesmo. Foram 33 anos de um casamento cheio de cumplicidade e muito feliz”, lamenta ele que, apesar da dor, e como bom palhaço que é, não esquece nunca da sua missão na Terra:

“Recebi um dom de Deus, que foi o de trazer alegria para a vida das pessoas. E isso, consequentemente, me fez enxergar tudo com outros olhos. Não vou dizer que é fácil, mas estou seguindo com a minha missão, com a certeza de que ela (Maria) gostaria muito de que eu fizesse exatamente isso”.

Pedro Bismarck com o filho, o músico Pedro, e a mulher, Maria (Foto: Arquivo pessoal)

Pedro Bismarck com o filho, o músico Pedro, e a mulher, Maria (Foto: Arquivo pessoal)

E ele não para. O humorista viaja o país com a peça “Nerso em 3D, 30 anos de riso”, um show comemorativo pelas três décadas do personagem que ganhou o Brasil. “Em média, fazemos 15 shows por mês”, conta. Apesar de viver recluso, ele mantém um escritório na capital mineira para cuidar dos negócios. Trocar a natureza pela cidade grande? Nem pensar!

“Sabe aquela coisa que todos dizem buscar a vida toda? Aquela ‘tal felicidade’? Foi lá onde eu a encontrei. É tudo o que eu pedi a Deus. Eu pesco, cuido da terra, plantas, bichos, leio, reúno a família (os três filhos, já adultos, Thiago, Pedro Paulo e Carolina, e os quatro netos), tudo com a calmaria do campo. Quando volto à TV? Não posso dizer ao certo, mas, quem sabe um dia?”.

Extra

Recomendado pelo Google: