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Professora de São João do Rio do Peixe conquista bicampeonato no concurso nacional de poemas TURMALINA

Maria Aparecida de Sousa Cardoso, venceu o primeiro lugar do concurso com o poema "Pedaços de Uma Vida"

Por Priscila Tavares

21/04/2025 às 14h50

Professora de São João do Rio do Peixe conquista bicampeonato no concurso nacional de poemas TURMALINA (Foto: Divulgação)

A professora Maria Aparecida de Sousa Cardoso, residente em São João do Rio do Peixe e natural de Sousa, conquistou o bicampeonato do concurso nacional de poemas TURMALINA.

A conquista de 2025 se soma à vitória obtida pela poetisa na edição de 2024 da mesma competição, que abrangeu participantes de todo o Brasil.

No TURMALINA 2025, que este ano teve como tema central a “resiliência”, Maria Aparecida garantiu a vitória com o poema “Pedaços de Uma Vida”.

O talento literário parece ser uma característica familiar, visto que a filha de Maria Aparecida, Talita Ingrid de Sousa Cardoso, também demonstrou sua sensibilidade poética ao ter seu poema “Resistência Mil” ficou entre os 50 poemas que irão compor a coletânea TURMALINA 2025. Embora não tenha alcançado o pódio nesta edição, a participação de Talita reforça o ambiente de apreço à poesia presente na família.

TURMALINA 2025 (Foto: Divulgação)

Outra conquista da professora é está entre os selecionados da 10ª Mostra de Poesias Abril para Leitura do Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB) de Sousa, que teve como tema “No Sertão da Paraíba Chove Literatura Popular”.

10ª Mostra de Poesias Abril para Leitura (Foto: Divulgação/ CCBNB)

Confira abaixo o poema vencedor do concurso:

PEDAÇOS DE UMA VIDA

Minha vida é construída por pedaços
Alguns cacos de espinhos e de dor
Nos tropeços eu refaço minha história
No sucesso oferto risos e amor.

Quanto mais seja duro o meu viver
Eu jamais pensarei em desistir
Quanto mais luto pra sobreviver
Mais aumenta minha força em existir.

Os obstáculos que por vezes aparecem
Me motivam a gostar de desafios
Descobri que o maior prazer da vida
É não deixar o temor vencer o brio.

É do caos que eu tiro a minha força
É no abismo que aprendo a voar
É das pedras que surgem em meu caminho
Que construo meu castelo ao luar.

É das noites longas, frias e sem calor
Que entendo o valor do amanhecer
De cada sombra que tentar me apagar
Eu insisto e luto pra resplandecer.

Cada espinho que sem dó fere o meu peito
Cada dor que a minha alma desnorteia
São as provas de que eu ainda vivo
Promovendo uma resistência que incendeia.

É preciso ouvir a voz do coração
Mesmo quando tudo em volta quer calar
Um sussurro perdido na distância
São as sombras de esperança a ecoar.

Os retalhos que costuro a minha vida
São marcados pelo riso e pelo pranto
Cada cor tem seu marco e sua história
E cicatrizes que carregam muito encanto.

São as perdas que me fazem endurecer
Minhas lágrimas me ajudam a enxergar
Que é preciso resistir à tempestade
E viver, e sonhar e me cuidar.

No entrelace dos enredos dessa vida
Muitas vezes o fio tende a enlinhar
Fragmentos são levados pelo vento
Só depende de nós mesmos, alinhar.

Por: Maria Aparecida de Sousa Cardoso

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